sexta-feira, 8 de março de 2019

"Tristeza Celeste"

"Tristeza Celeste"
Oh Lua que ilumina minhas noites vazias
que me indica passos que não quero dar
E caminhos que não quero seguir
Tu não me aqueces nas noites frias
Apenas faz de mim um eterno fingir
Lua que pra mim é só tristeza
Não consigo nem quando estás cheia
Ver tua tal beleza
Lua que pra mim é solidão
Distancia-se do Sol e ainda me diz não...
Lua, preferia que não fosse tão clara
Que fosse mais rara
E que não brilhasse jamais
Temo que tua luz me convença
Que me traga uma crença
De obter uma tal paz
Lua, quero por último lhe dar adeus
Não brilhas nem na verdade, nem em sonhos meus
Tu és a maior fantasia
O engano da alegria
Uma farsa sem igual...
Lua, tu és meu cabedal de tristeza
Lágrimas que caem à mesa
E inundam até o chão...
Lua, tu me tornas fraco
Tu me tornas refém
Quase uma vítima
Um coitado que depende de alguém
Que um dia foi esperança
Que aguardei desde criança
E que sumiu ao amanhecer...
Lua, tu simplesmente me torna triste
Porque não fica no céu em riste
Vai embora toda manhã...
Lua, chego a ter medo de ti...
Não venha mais com teu brilho de mentira
Não me abandones mais à deriva
Ou não se ponha nunca mais...
Fique viva durante o dia,
Transforme minha dor em alegria
E se puder
Não me abandone jamais
Pois toda vez que vai embora
Deixa um homem que chora
E ainda não sabe ver o Sol.
Rodrigo Augusto Fiedler

Um comentário:

  1. Primeiro Poema que fiz em 2019, graças a influência do meu filho que, ao estudar Poesia no 9o Ano do Ensino Fundamental, acabou por me incentivar a voltar a escrever...

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