“A Ilha”
Era um sonho que não havia
envelhecido
Tinha areia
Tinha estrela, tinha mar, praia e
sereias
Tinha rede de deitar
De pescar
E eu cabia lá num cantinho nem
tão qualquer assim
Eu parecia dono da orla
Abria os braços perante o
infinito
E nada era mais bonito
Eu nascia de novo
E era parido das águas...
Isento das mágoas
E das lembranças
Eu não nascia criança
Nascia homem feito
E mesmo com tudo longe de ser
perfeito
Era suave
Havia equilíbrio
Como um trem que corre no trilho
Eu nascia homem feito
Eu nascia homem feito
Como os castelos que via a beira
mar
Fortalezas vulneráveis às ondas
Mas nada mais me leva
O que tinha de me trazer já
trouxe
E eu resolvi ficar.
(Rodrigo Augusto Fiedler)
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