“Cais II”
Eu sempre recorro às “Linhas do
Horizonte”
Sonho com o além cais
Sou um marinheiro que jamais
singrou sete mares
Invento o cais como diz uma
canção
Mas hoje eu tenho o mar
Salgado de tanta lágrima de
saudade – será?
Eu sou feliz, posso sonhar
Eu sou o cais
Fico vendo (lacrimejado –
alquebrado às lágrimas de sangue) partidas que vão para sempre
E chegadas que ficam até daqui a
pouco (que embora feliz, me roubam o sorriso)
Eu sou o cais onde tudo é
repentino (frações de segundo onde vão e vêm mil barcos afoitos de saga)
Eu sou um porto menino (pequeno
menino)
Queria ser alto como um farol e
ver bem além do “Gigante Adamastor”
Mas só vejo até o horizonte onde
gaivotas anunciam abundância de vida marinha, outrora até terrestre
Eu sou a vida
O menino é a vida e a vida é o
cais
Digam “olá” às gaivotas... elas conhecem o lado de lá!
(Rodrigo Augusto Fiedler)
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