quinta-feira, 18 de julho de 2019

"O ágape no plano da Terra"

"O Ágape no plano da Terra"
Um amor que une povos
Que une raças e ideologias
Que navega por todas filosofias
E agrega as religiões
Um amor que une adversários
Seus pensamentos contrários
Que transcende ao preconceito
E agrega multidões
Um amor que une propostas
Que se ambienta por meio de amostras
Que não sucumbe à tirania
Que vence a vilania
Que faz o bem vencer o mal
Que está muito mais para açúcar, do que para o sal
Que impede que o "eu sozinho" se transforme no tal
O amor que vem dos céus, totalmente divinal
Que desliga a ogiva de tantas bombas
E evita as explosões!
Rodrigo Augusto Fiedler

"Meninos do Morro"

"Meninos do Morro"
Eles são pretos, às vezes pardos
A vida pra eles, é quase sempre, o carregar de um fardo
E assim sucumbem às velhas tradições
Vão, com seus crimes, parar nas prisões
É essa a grande realidade
O fim de um sonho de menino que veio lá da Comunidade
E não soube lidar com o asfalto
Preferiu, induzido por toda uma indústria, praticar seus assaltos
Indústria malévola do crime organizado
Que promete, mas não cumpre que meninos tão pobres, sejam empossados
Nos tronos de Reis que comandam a favela
Não há cores para pintar esta aquarela
Pois a fome, a miséria e a diletância
Roubam, bem cedo, a infância
E tudo termina em branco e preto...
Muito mais preto do que branco!
Rodrigo Augusto Fiedler

"A minha Lua"

"A minha Lua"
As tardes podem ser tão maravilhosas
Anunciam Lua Branca por entre árvores frondosas
Bate brisa fresca, bem suave...
De fato, as tardes são poderosas
Não ostentam culpas onerosas
Pelo contrário, é momento de libertação
De se viver o simples e dar asas à ilusão
Viver o sonho e a fantasia
Felicitar-se em meio à alegria
De ver um dia inteiro indo embora
Perceber que nem se sentiu o passar das horas...
A estrela D'alva já brilha no céu
Ainda que solitária
Anunciando noite embrionária
Na qual a Lua se posta rainha
E que pena que ela não é só minha...
Eu juro que queria a Lua só pra mim!
Rodrigo Augusto Fiedler

"Na verdade"

"Na Verdade"
Eu, na verdade, sou, depois de velho, um menino triste
Foge-me o riso em momentos oportunos
Excede-me as lágrimas em noites de verão
Embaçada me ficam as retinas
E não consigo ver o pôr do Sol
Eu, na verdade, sou, depois de velho, um menino assustado
Foge-me a coragem em dias de luta
Excede-me tremores em manhãs absolutas
E não consigo ver o nascer do Sol
Eu, na verdade, sou, depois de velho, um menino solitário
Fogem-me as companhias em domingos de festa
Excede-me o isolamento em tardes de folga
E não consigo dar um brinde à vida
Eu, na verdade, não sou, depois de velho, quase nada
Fiquei vinte anos perdido na estrada
E tenho paúra de recomeçar pelas portas da frente
Não que eu não queira ou não tente
Simplesmente, te digo
Meu caro amigo
Que, ainda por hoje, não consigo
Prefiro resguardar-me no abrigo
Encontrar com o verdadeiro Rodrigo
Que ainda está escondido
Entre lágrimas e solidão!
Rodrigo Augusto Fiedler

"Não Consigo"

"Não Consigo"
Não consigo encontrar nos livros as respostas para minhas perguntas
As letras, conjugadas entre si, formam palavras que não me dizem mais nada
O silêncio da literatura me deixa enlouquecido, com saudades dos meus tempos de sabedoria
Das tardes nas livrarias
E nas respostas oriundas de frases feitas
Que já me foram perfeitas
Para que eu pudesse me encontrar...
Não consigo encontrar na avalanche de sentimentos
As perguntas que pudessem contemplar meu momento
Não se formam palavras com o ato de pensar
Tudo que ocorre é uma grande catarse
Que, embora, me ascenda a um mundo mais verídico
Me impede de que, perante uma oferta enorme de decisões
Uma só eu possa tomar...
Não consigo encontrar nas cápsulas de Lítio o equilíbrio
Que me deixasse distante da depressão e absorto da ansiedade
Sei que vivo uma enorme variedade
De sentires que mudam o tempo todo, a toda hora
Que condena o meu "agora"
A um labirinto sem minotauros
E eu não minto nem nos momentos mais raros
Apenas não encontro mais nada
Sigo perdido, uma pessoa calada
Sem perguntas ou respostas
Sem coisas ocultas ou que estejam já mortas
...
Não sei onde estou!
Rodrigo Augusto Fiedler

"Companhia"

"Companhia"
Ninguém se basta sozinho
Querer estar com o outro por perto
É muito mais do que a falta de um carinho
Pode até não parecer tão certo
Mas errado mesmo é viver isolado ou bem caladinho
Não trocar experiências
Não verificar o grau das sentenças
Da opinião alheia
Fazer com que tudo que corre nas veias
Exploda como um vulcão
Em diálogos repletos de sinceridade e emoção
Esta é a verdadeira explosão
Do eu que não está adoentado pelo ego ou pela personalidade
Um eu que se abre a outra verdade
E se torna completo
Muito mais compreensão e afeto
...
Nos faz crescer verdadeiramente
Nos faz sentirmos que somos gente
E que nosso EU vale muito mais...
Do que podemos avaliar sozinhos!
Rodrigo Augusto Fiedler

"Se eu quiser falar com Deus"

"Se eu quiser falar com Deus"
(Poema em homenagem ao texto homônimo de Gilberto Gil)
Quando um outro poeta sugere que é necessário afrouxar o nó da gravata paraque se possa falar com Deus
Sinto simultanemente o mesmo nó travando minha garganta!
As palavras ficam entaladas e o melhor que consigo fazer é urrar...
Será que este Deus que me fora apresentado como Divino
É capaz de decifrar os anseios de um homem perdido em meio ao seu próprio caos pessoal e que,
Troca as doces palavras da reza Santa por gritos guturais sem a menor acepção linguística?
Não sei!
Também me é sugerido que eu coma o pão que o diabo amassou,
Para que assim consiga atingir um estado de humildade que me capacita poder falar com Deus...
Mas a verdade é que há tempos não como nada, nem o maldito pão!
Minha alma tem sede e fome de respostas que não sei onde buscar!
Não sei!
Se eu quiser falar com Deus, tenho que soltar a voz...
Mas que voz? Sigo anos a fio calado
Castrado
Cerceado e muitas vezes mal amado
Vivo em meio ao meu próprio silêncio
Mal e mal balbucio monossílabos átonos que não expressam absolutamente nada!
Eu não sei falar com Deus!
Não sei!
Rodrigo Augusto Fiedler

sexta-feira, 12 de julho de 2019

"Muito Mais Será Revelado"

"Muito Mais Será Revelado"
A poesia cura feridas
Bálsamo de palavras afinadas com a existência
E não existe ciência que comprove tal ato
Só sei, que de verdade, é fato
Não se trata de uma mera ilusão
Palavras em Cena são
o cotidiano...
A busca por saúde mental
e o fim da depressão
É claro como o sol da tardezinha
Que ainda brilha no verão
Muito mais se revela por meio de estrofes e versos
A busca de trazer à vida o que estava submerso
Renascença, advento e ressurreição
Palavras que saem do papel e atingem o coração
Devolvem vida ao que estava moribundo
É o melhor remédio do mundo
Para as angústias e aflição
É isso que o poema revela
Os sentires que são meus, teus e até dela
Dita dona da verdade
Mas só oferece maldade
E sem um movimento contrário
Não tem cura, não
Maldita depressão!
Basta um verso ou uma poesia
Para que na palma da mão
Fique guardada toda cura
Que a medicina chama de ilusão!
Rodrigo Augusto Fiedler

"O Ágape no plano da Terra"

"O Ágape no plano da Terra"
Um amor que une povos
Que une raças e ideologias
Que navega por todas filosofias
E agrega as religiões
Um amor que une adversários
Seus pensamentos contrários
Que transcende ao preconceito
E agrega multidões
Um amor que une propostas
Que se ambienta por meio de amostras
Que não sucumbe à tirania
Que vence a vilania
Que faz o bem vencer o mal
Que está muito mais para açúcar, do que para o sal
Que impede que o "eu sozinho" se transforme no tal
O amor que vem dos céus, totalmente divinal
Que desliga a ogiva de tantas bombas
E evita as explosões!
Rodrigo Augusto Fiedler

"Meninos do Morro"

"Meninos do Morro"
Eles são pretos, às vezes pardos
A vida pra eles, é quase sempre, o carregar de um fardo
E assim sucumbem às velhas tradições
Vão, com seus crimes, parar nas prisões
É essa a grande realidade
O fim de um sonho de menino que veio lá da Comunidade
E não soube lidar com o asfalto
Preferiu, induzido por toda uma indústria, praticar seus assaltos
Indústria malévola do crime organizado
Que promete, mas não cumpre que meninos tão pobres, sejam empossados
Nos tronos de Reis que comandam a favela
Não há cores para pintar esta aquarela
Pois a fome, a miséria e a diletância
Roubam, bem cedo, a infância
E tudo termina em branco e preto...
Muito mais preto do que branco!
Rodrigo Augusto Fiedler

"A minha lua"

"A minha Lua"
As tardes podem ser tão maravilhosas
Anunciam Lua Branca por entre árvores frondosas
Bate brisa fresca, bem suave...
De fato, as tardes são poderosas
Não ostentam culpas onerosas
Pelo contrário, é momento de libertação
De se viver o simples e dar asas à ilusão
Viver o sonho e a fantasia
Felicitar-se em meio à alegria
De ver um dia inteiro indo embora
Perceber que nem se sentiu o passar das horas...
A estrela D'alva já brilha no céu
Ainda que solitária
Anunciando noite embrionária
Na qual a Lua se posta rainha
E que pena que ela não é só minha...
Eu juro que queria a Lua só pra mim!
Rodrigo Augusto Fiedler