"A Forca"
Uma corda torneia o pescoço
Há uma cobra em torno do dorso
Esmagando vértebra por vértebra
Espremendo o corpo
Torno-me alimento indefeso
De vermes
Da serpente
Do inferno
A falta de alimento de vida
Transforma a qualidade da existência
Transgride às regras da ciência
Invertendo a cadeia alimentar.
Maldita depressão que alimenta a morte
Fazendo do nada que ela me bata à porta
Do maníaco perdido que assim se comporta
À fim da última luz apagar.
Apaga-se então a luz e o corpo se joga
A corda que estica relaxa a alma que foge
Há um pescoço dilacerado !
Há um homem enforcado !
Pelo medo de não suportar;
A fome do corpo e a sede da vida
A falta de emprego e de colheita bendita
Mas...
O que colhe o ímpio infeliz que nem ao pouco
Sementes ostenta ?
Lança no solo só sua anti-fé sangrenta
Que certamente não há de brotar...
Mas são tantas as derrotas num percurso tão curto !
Faz do escasso circuito da vida um curto
Que chamusca sem nem fogo pegar.
Não há energia na carne
Não há vida na não vida do homem
Que sangra seus calos - em busca de que ?
Que não vinga as sementes não se sabe o porquê !
Então opta-se pela morte paliativa do destino
Que não fora almejado quando menino
Pois quis um dia viver longa data
Mas só sou a esperança de quem resolve dar de comer
Aos vermes
Serpentes, e infernos
E mais morte alimentar.
Uma corda torneia o pescoço
Há uma cobra em torno do dorso
Esmagando vértebra por vértebra
Espremendo o corpo
Torno-me alimento indefeso
De vermes
Da serpente
Do inferno
A falta de alimento de vida
Transforma a qualidade da existência
Transgride às regras da ciência
Invertendo a cadeia alimentar.
Maldita depressão que alimenta a morte
Fazendo do nada que ela me bata à porta
Do maníaco perdido que assim se comporta
À fim da última luz apagar.
Apaga-se então a luz e o corpo se joga
A corda que estica relaxa a alma que foge
Há um pescoço dilacerado !
Há um homem enforcado !
Pelo medo de não suportar;
A fome do corpo e a sede da vida
A falta de emprego e de colheita bendita
Mas...
O que colhe o ímpio infeliz que nem ao pouco
Sementes ostenta ?
Lança no solo só sua anti-fé sangrenta
Que certamente não há de brotar...
Mas são tantas as derrotas num percurso tão curto !
Faz do escasso circuito da vida um curto
Que chamusca sem nem fogo pegar.
Não há energia na carne
Não há vida na não vida do homem
Que sangra seus calos - em busca de que ?
Que não vinga as sementes não se sabe o porquê !
Então opta-se pela morte paliativa do destino
Que não fora almejado quando menino
Pois quis um dia viver longa data
Mas só sou a esperança de quem resolve dar de comer
Aos vermes
Serpentes, e infernos
E mais morte alimentar.
Rodrigo Augusto Fiedler
Enviado por Rodrigo Augusto Fiedler
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