"Philip k. Dick, uma resenha definitiva!"
Por Caio Braga, cronista e poeta. Colaborador eventual das Páginas Psicoversos - Palavras em Cena!
Se tem um cara que eu posso chamar sem medo de errar de visionário é o grande Philip K. Dick, o escritor de ficção científica mais adaptado pras telas (grandes e pequenas) até o momento.
Em sua época o cara não obteve grandes retornos financeiros dos seus 44 romances e 121 contos, chegando a viver de ração de cachorro uma época, além da paranóia constante, em parte fruto das metanfetaminas que sempre gostou e turbinavam seu ritmo frenético de produção, que começou em 1955 e só parou com sua morte em 1982.
A crítica especializada o denominava como um adepto do "sci-fi soft", aquele com menor preocupação no detalhamento tecnológico (como nos livros de Isaac Asimov e Arthur C. Clarke, só pra citar os mais conhecidos) e mais priorizado no aspecto psicológico (e até filosófico) dos personagens e da trama em si. A maioria de dos seus protagonistas eram homens perturbados ou perdidos, moralmente dúbios, nunca heróis nem tampouco vilões, caras com relacionamentos conflituosos com as mulheres (como ele próprio, que se casou três vezes) e que lutam desesperadamente pra conseguir manter a sanidade em meio a um mundo caótico.
Temas como a paranóia estatal (que ele sempre vivenciou real ou imaginariamente), a inteligência artificial, as drogas alucinógenas, a existência de Deus e o conceito de realidade são constantes na sua vasta (e pouco publicada no Brasil) produção literária, a qual se tornou uma infindável fonte pra roteiros de filmes e séries televisivas.
E pra quem estiver afim de adentrar na sua obra indico alguns títulos ótimos e bem emblemáticos das suas idéias pra começar:
- Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas? (que deu origem ao clássico filme Blade Runner)
- Um Reflexo na Escuridão (também otimamente adaptado para o cinema como O Homem-Duplo)
- Os Três Estigmas de Palmer Eldritch
- Realidades Adaptadas (coletânea de contos famosos adaptados para o cinema como Minority Report, O Pagamento e outros)
Em sua época o cara não obteve grandes retornos financeiros dos seus 44 romances e 121 contos, chegando a viver de ração de cachorro uma época, além da paranóia constante, em parte fruto das metanfetaminas que sempre gostou e turbinavam seu ritmo frenético de produção, que começou em 1955 e só parou com sua morte em 1982.
A crítica especializada o denominava como um adepto do "sci-fi soft", aquele com menor preocupação no detalhamento tecnológico (como nos livros de Isaac Asimov e Arthur C. Clarke, só pra citar os mais conhecidos) e mais priorizado no aspecto psicológico (e até filosófico) dos personagens e da trama em si. A maioria de dos seus protagonistas eram homens perturbados ou perdidos, moralmente dúbios, nunca heróis nem tampouco vilões, caras com relacionamentos conflituosos com as mulheres (como ele próprio, que se casou três vezes) e que lutam desesperadamente pra conseguir manter a sanidade em meio a um mundo caótico.
Temas como a paranóia estatal (que ele sempre vivenciou real ou imaginariamente), a inteligência artificial, as drogas alucinógenas, a existência de Deus e o conceito de realidade são constantes na sua vasta (e pouco publicada no Brasil) produção literária, a qual se tornou uma infindável fonte pra roteiros de filmes e séries televisivas.
E pra quem estiver afim de adentrar na sua obra indico alguns títulos ótimos e bem emblemáticos das suas idéias pra começar:
- Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas? (que deu origem ao clássico filme Blade Runner)
- Um Reflexo na Escuridão (também otimamente adaptado para o cinema como O Homem-Duplo)
- Os Três Estigmas de Palmer Eldritch
- Realidades Adaptadas (coletânea de contos famosos adaptados para o cinema como Minority Report, O Pagamento e outros)
Já no quesito das adaptações fílmicas e televisivas, afora os já citados acima, indico também a excelente série antológica do Channel 4, Philip K. Dick's Electric Dreams, no qual todos os 10 episódios variam entre bons e ótimos, além do elenco estelar e altamente competente.
E pra finalizar esse convite aos mundos fascinantes e assustadores do senhor Dick, fico com uma frase dele que resume bem sua obra e também os tempos sombrios que estamos vivendo (e que ele profeticamente já alertava sobre há 50 anos):
"A realidade é aquilo que quando você para de acreditar, não desaparece."
Caio Braga
Nenhum comentário:
Postar um comentário