"Ciranda"

"Ciranda"

Dando voltas eu giro o mundo
Dando voltas eu rodopio em torno do eixo da vida...
Não fico jamais parado num mesmo lugar, mas me dou a chance de retomar temas idos
Vou e volto. Avanço e recuo...
Eu giro!
Me dou a chance de imitar o compasso
Vejo 360 ângulos diferentes
Delimito meus raios e meus diâmetros
Escolho rodando exatamente onde quero estar
E não quero estar parado
Inflexível
Engessado
Morto
Dando voltas eu giro o mundo
Dando voltas eu rodopio em torno do eixo da vida...
A vida também dá voltas
E são muitas, mas não me pegam de surpresa
Pois sou ciranda, sou carrossel
Sou vida viva...
Em movimento constante
Sou vida ativa...
Em movimento constante
E quando a vida (a minha) der voltas
Dê uma coisa terei sempre a certeza...
Jamais estarei, parado e prostrado
Num mesmo lugar
Eu sou ciranda, sou carrossel, sou a roda gigante...
Sou mais do que a própria vida
Eu me permito, em movimento
Ser a história
Visitar mil memórias
Ir ao infinito
E à origem voltar
Ciranda!

Rodrigo Augusto Fiedler