sexta-feira, 8 de março de 2019

"Medo"

"Medo"
Medo da rua
Medo da Lua
Medo da Luz
Medo da Cruz
Medo da fé
E nem Jesus, que falava de amor
Escapa...
Tem-se medo de tudo
Vive-se por detrás dum escudo
Toda hora, a proteção
E a oração, ora não é cumprida
E esperança, sucumbida
Medo paralisante
Nos impede de ir avante
Estaciona
Medo patológico
Paúra, pavor, horror e pânico
Síndromes que fogem do lógico
Medo doente
Que abrange muita gente
Epidemia
Não se vê novos relacionamentos
Pessoas se isolam num casulo
Optam, quase sempre, por isolamentos
E nasce um flerte com a depressão
O sim sempre é trocado pelo não
É necessário lançar-se num pulo
E dar voz ao coração
Não podemos viver reféns do medo
Faz-se necessário, mister, que isso seja abolido
Quanto antes, mais cedo
Para que se possa encarar o meio
Encontrar dentro de si um esteio
Para superar o temido
Coragem
Coragem
Avanço, rota, meta, foco e talvez fé
Que se vá rastejando, se matando ou a pé
Enfrentamento
Busca por prazer nas pequenas coisas
Contentamento
Sair do quarto escuro
Abrir as janelas e respirar o ar puro
Se não der pra dar a volta, que se pule o muro
Mas que se abandone a solidão
Movimento contrário: diga não
Não aceite viver inerte, seja corajoso
Vai dar certo, ficarás orgulhoso
Quando compreender o verdadeiro movimento
Quando o rosto sentir o poder do vento
Liberdade
O fato é que o medo aprisiona
Solidão, isolamento, tristeza proporciona
Que se diga um sonoro não
Que se renda ao poder da oração
Entenda: ninguém está sozinho
É o mito da Águia no ninho
Que muitas vezes precisa cair
Para aprender a voar
Voe no sentido contrário do medo
Não há mais de sentir um gosto azedo
Far-se-á da paúra um folguedo
E a coragem te levará ao infinito
Aos quatros cantos do mundo mais bonito
Experimente acreditar
Abrir as asas e voar
Abandonar o Pilar da Depressão
E vivenciar uma escolha simples
A escolha de dizer não!
Diga não ao medo!
Rodrigo Augusto Fiedler

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