"Saltimbancos do Saber"
Equilibrar-se nas cordas bambas de orçamentos apertados
Porradas na cara, cuspes, empurrões por todos os lados
Nem papel-higiênico tem
E não se pode reclamar com outrem
Porradas na cara, cuspes, empurrões por todos os lados
Nem papel-higiênico tem
E não se pode reclamar com outrem
Se faz-se greve, ganha um vulgo: vagabundo
Deveria-se ter o melhor salário do mundo
Pois acorda-se muito cedo
E mesmo, muitas vezes, com medo
Migra-se calado pra periferia
Tentando mostrar que nas Letras, Ciências, Matemática e Filosofia
Há muito mais do que simples competências
Tem sim muita arte, pilares do saber e alegria
Deveria-se ter o melhor salário do mundo
Pois acorda-se muito cedo
E mesmo, muitas vezes, com medo
Migra-se calado pra periferia
Tentando mostrar que nas Letras, Ciências, Matemática e Filosofia
Há muito mais do que simples competências
Tem sim muita arte, pilares do saber e alegria
Das lousas e gizes se faz os malabares
Ensinam-se coisas que deveriam ter vindo dos lares
São aulas que desaprisionam de um mundo obtuso
Faz-se da excessão a regra, traz a ética ao uso
Ensinam-se coisas que deveriam ter vindo dos lares
São aulas que desaprisionam de um mundo obtuso
Faz-se da excessão a regra, traz a ética ao uso
Violões, Apostilas, Livros Velhos e percussões
Palmas descompassada retratam emoções
E alguém lá do fundo levanta sua mão
E o tal menestrel nunca responde com não
Ouve a dúvida da criança
Cria uma resposta compreensível
Devolve a ela esperança
Quase sempre o resultado é incrível
Palmas descompassada retratam emoções
E alguém lá do fundo levanta sua mão
E o tal menestrel nunca responde com não
Ouve a dúvida da criança
Cria uma resposta compreensível
Devolve a ela esperança
Quase sempre o resultado é incrível
Saltimbancos, palhaços, equilibristas e poetas dos saberes
São estes os professores de tantos quereres
Que mesmo não sendo jamais ouvidos
Não se sentem inibidos
Pro picadeiro sem luzes voltar...
São estes os professores de tantos quereres
Que mesmo não sendo jamais ouvidos
Não se sentem inibidos
Pro picadeiro sem luzes voltar...
Ser professor é muito mais do que ser um artista
É, sem preconceitos, atender o hiperativo, o deficitário e até o autista
É encenar sua arte matriz para todo tipo de gente
É fazer isso de forma autônoma e independente
Não é importante uma doutrina
Nem tampouco ser vendedor de ideologias
É enfrentar com sorriso sua sina
E mesmo sem palmas encontrar a alegria
De ensinar àqueles que não sabem quase nada
Ler histórias, suspenses e contos de fada
Ensinar sem régua e compasso a Geometria
Trazer Platão e Aristóteles à luz da Filosofia
E ainda ensinar Redação
Que em tempos de Tablets, celulares e computadores ainda são feitas à mão
Insistir no acerto
Superar o aperto
É, sem preconceitos, atender o hiperativo, o deficitário e até o autista
É encenar sua arte matriz para todo tipo de gente
É fazer isso de forma autônoma e independente
Não é importante uma doutrina
Nem tampouco ser vendedor de ideologias
É enfrentar com sorriso sua sina
E mesmo sem palmas encontrar a alegria
De ensinar àqueles que não sabem quase nada
Ler histórias, suspenses e contos de fada
Ensinar sem régua e compasso a Geometria
Trazer Platão e Aristóteles à luz da Filosofia
E ainda ensinar Redação
Que em tempos de Tablets, celulares e computadores ainda são feitas à mão
Insistir no acerto
Superar o aperto
E ainda ter que ouvir de pessoas
Muitas vezes até que são boas
Que a culpa de tudo que dá errado é sua responsabilidade
Talvez porque julguem a sua habilidade
De se equilibrar nas tais cordas bambas
E cair esgotado lá do alto ao picadeiro
E ser abandonado ferido pelo "circo" inteiro
Muitas vezes até que são boas
Que a culpa de tudo que dá errado é sua responsabilidade
Talvez porque julguem a sua habilidade
De se equilibrar nas tais cordas bambas
E cair esgotado lá do alto ao picadeiro
E ser abandonado ferido pelo "circo" inteiro
E o silêncio ecoa nas coxias...
Rodrigo Augusto Fiedler (Saltimbanco dos Saberes, Artista do Absurdo e Professor de Língua, Linguagens, Literatura e Redação)
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