"Meus doze anos"
Havia um cãozinho amigo
De um latido pra lá de estridente
Papagaios de papel de seda
Que não falavam, mas
Sobre os fios da Light voavam
E me faziam ser eu.
Eu pedaço de ícaro, pensamento voador
Apaixonado pela vida, já era um sonhador
Um jogo de bola no asfalto
A cabeça lá... bem alto
E os pés descalços na rua
Goleiro ou centroavante ?
Polícia ou Ladrão ?
Esconde-esconde já não mais, pois
Havia um violão
E suas cordas de barbante
Linha dez e estirante
Perdiam a atenção...
Cadernos, livros, mais cadernos...
Uma madre professora de história
Amigos quase leais: inocente infância que chegava ao fim.
Surgiram os primeiros poemas
E segundos dilemas...
E a tal da implicância
Replicância, eu diria
Rebeldia
E todos diziam que era sem causa
Ou talvez pela marca da calça
Que não me podiam comprar
A propósito...
Qual era mesmo a cor do meu All-Star ?
Rodrigo Augusto Prado
Lembro bem de vc aos 12 anos. Ótimo texto.
ResponderExcluirTambém lembro de você, querida Rejane!
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