Sobre a Poesia...
Tenho produzido poesias com alguma frequência. Algumas razoáveis, outras menos, algumas boas, outras ótimas...
Textos do cotidiano que deveriam se relacionar com o público. Deveriam penetrar nas pessoas e ser, além de um simples entretenimento, algo a ser usado na construção do eu interior.
Mas não vejo isso acontecer. Alguns gostam, compartilham, ovacionam, aplaudem, outros apenas dão um like, talvez para dizer que "tá tudo certo", outros não gostam, muitos detestam e a maioria nem sequer lê!
Isso faz com que a poesia se transforme, naturalmente, numa arte segregada, para poucos espectadores, grupos de pessoas cada vez mais seletos, muitas vezes abstidos de sentimentos e ensoberbados de técnicas, teorias, formas e regras.
A poesia vive num gueto. Ou em guetos. Ela não paira abertamente pelos ares, seios e anseios da população. Aliás, ela nem chega na população.
Meu TCC de Pós-graduação fala da utilização da poesia no ensino humanístico da periferia. Até um certo ponto funciona, depois é abolido pelo próprio público consumidor, que, via de regra, neste mundo caótico, prefere se bastar de expressões populares ao extremo com um núcleo totalmente fugaz a consumir um tipo de arte que, de certa forma, emociona, polemiza, questiona, provoca, leva ao pensamento filosófico e ainda indo além, tem inclusive o poder pedagógico de mudar vidas por completo. Enaltecer sonhos, visões de futuro, abrir a mente e proporcionar perspectiva.
Mas, ao que me parece, a poesia, nesta seara, tem uma presença ainda muito tímida e diminuta. Uma pena!
Se nem o Vinícius, o Bandeira, o Quintana, o Drummond são absorvidos, imagina eu, que simplesmente arrisco transformar em versos o pouco que roubo da cena cotidiana. Não se tem espaço!
De fato, sinto que escrevo para poucos, geralmente para quem escreve, sinto que textos de ordem poética ainda são vistos com parcialidade e que, nem mesmo formando uma "Força Tarefa", conseguiremos sair do mundinho daqueles que escrevem e leem ente si para atingir os cantinhos mais distantes de nossas periferias.
A poesia se tornou uma arte burguesa, feita pro povo, mas consumida, ainda que com muita moderação, pela burguesia intelectual!
Textos do cotidiano que deveriam se relacionar com o público. Deveriam penetrar nas pessoas e ser, além de um simples entretenimento, algo a ser usado na construção do eu interior.
Mas não vejo isso acontecer. Alguns gostam, compartilham, ovacionam, aplaudem, outros apenas dão um like, talvez para dizer que "tá tudo certo", outros não gostam, muitos detestam e a maioria nem sequer lê!
Isso faz com que a poesia se transforme, naturalmente, numa arte segregada, para poucos espectadores, grupos de pessoas cada vez mais seletos, muitas vezes abstidos de sentimentos e ensoberbados de técnicas, teorias, formas e regras.
A poesia vive num gueto. Ou em guetos. Ela não paira abertamente pelos ares, seios e anseios da população. Aliás, ela nem chega na população.
Meu TCC de Pós-graduação fala da utilização da poesia no ensino humanístico da periferia. Até um certo ponto funciona, depois é abolido pelo próprio público consumidor, que, via de regra, neste mundo caótico, prefere se bastar de expressões populares ao extremo com um núcleo totalmente fugaz a consumir um tipo de arte que, de certa forma, emociona, polemiza, questiona, provoca, leva ao pensamento filosófico e ainda indo além, tem inclusive o poder pedagógico de mudar vidas por completo. Enaltecer sonhos, visões de futuro, abrir a mente e proporcionar perspectiva.
Mas, ao que me parece, a poesia, nesta seara, tem uma presença ainda muito tímida e diminuta. Uma pena!
Se nem o Vinícius, o Bandeira, o Quintana, o Drummond são absorvidos, imagina eu, que simplesmente arrisco transformar em versos o pouco que roubo da cena cotidiana. Não se tem espaço!
De fato, sinto que escrevo para poucos, geralmente para quem escreve, sinto que textos de ordem poética ainda são vistos com parcialidade e que, nem mesmo formando uma "Força Tarefa", conseguiremos sair do mundinho daqueles que escrevem e leem ente si para atingir os cantinhos mais distantes de nossas periferias.
A poesia se tornou uma arte burguesa, feita pro povo, mas consumida, ainda que com muita moderação, pela burguesia intelectual!
Que a poesia rompa muros e fronteiras, que saia do seu próprio gueto e eixo burguês e leve arte a quem, no máximo, consegue consumir funk.
Rodrigo Augusto Fiedler
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