sábado, 16 de março de 2019

AEONS DE FERRUGEM (CAIO BRAGA, POETA E CRONISTA DE SÃO PAULO)

AEONS DE FERRUGEM
(Caio Braga)

O pulha que você deixou solto no seu quintal se transmutou, virou uma força cósmica
Quis independência, essa peste tão grudenta, esse mal do novo século...
Esse signo do caos, tão apropriado aos novos aeons...
Concluo que fizeram vista grossa à poesia, ditaram normas e construíram muros
Isso eles fizeram bem... delimitaram as inspirações, encaixaram soluções num buraquinho apertado, forçaram a entrada num reino inóspito...
Alcançaram a marca da imprudência. E só vicejaram serpentes.

Caio Braga

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