Sobre a Depressão Epidêmica(Ansiedade e Bipolaridade) entre nossos jovens!S
A grosso modo, a Depressão e suas comorbidades mais comuns, como o Transtorno Afetivo Bipolar e os Transtornos da Ansiedade vêm se revelando como males corriqueiros e muito comuns em diversas frações etárias da sociedade, principalmente entre jovens e pós-adolescentes. Estas amostragens, nos últimos talvez dez anos, têm sido vertiginosas e o raio de verificação geográfica transcende países em desenvolvimento ou de terceiro mundo e aparecem com muita frequência em diversas partes do nosso planeta.
É possível acreditar que o avanço da tecnologia, a substituição de homens por máquinas, uma rediviva a uma cultura narcísica e hedonista (busca desenfreada pelo prazer) estejam diretamente ligados às relações de causa e efeito. O mundo real e suas relações perderam (e perdem) a cada dia muito espaço para as chamadas relações virtuais. Até envolvimentos afetivos, que deveriam ser de ordem humanística e pessoal, hoje se dá pelas telas do Tinder, Facebook e Instagram. O homem passou a ser um mero coadjuvante de suas próprias descobertas, avanços e conquistas.
Por outro lado, frente à velocidade das informações, a busca desenfreada por resultados comerciais e um pano de fundo absolutamente selvagem: um capitalismo desmedido e irracional que move o mundo dos mercados por meio de técnicas (sinistras) pseudo-psicológicas da formação do "tal vencedor" e de critérios duvidosos de motivação (coaches e palestrantes da PNL, por exemplo) agressivas que, trocando em miúdos, gera uma faca de dois gumes - ou se é um sucesso ou se é um fracasso. Todavia, perante os Transtornos Mentais citados nesta dissertação, parece bem claro que para os bens sucedidos há de se incorrer e se inclinar para casos graves de Ansiedade e no caso dos infortunadamente fracassados, a triste inclinação para episódios de Depressão.
Ainda sobre jovens na beira da idade adulta, o excesso de cobrança não parte da sociedade como um todo, não em todos os casos. Muitas vezes as próprias famílias se encarregam em massacrar seus filhos e jovens com exigências escolares que transpassam o possível e o aceitável e levam a maioria dos jovens às raias da loucura, exigindo deles resultados astronômicos no ENEM e nos Vestibulares (Fuvest, Vunesp, PUC, Mackenzie...)
Exato! Os processos competitivos do mundo "dito" moderno e fomentado por teorias tecnocratas e liberais de meritocracia estão adoecendo - desde nossas crianças até nossos jovens adultos. Todos sofrem!
Os seres humanos, por sua vez, precisam se redescobrirem e talvez se reinventarem. Os apelos "Yuppies" e de abordagem "Workaholic" advindos dos balcões de negócios de Times Square, de fato, não funcionou.
Ninguém nasceu para trabalhar ou estudar 15 ou 20 horas por dia. Não somos máquinas movidas a óleo diesel. Precisamos de tempo para nossa transcendência pessoal, para nosso lazer, para produzir capital e renda, para buscar e aprimorar formações e aprendizados, para aproveitar e curtir momentos de AMPLITUDE com família e amigos e, inclusive, para dormir.
É possível acreditar que o avanço da tecnologia, a substituição de homens por máquinas, uma rediviva a uma cultura narcísica e hedonista (busca desenfreada pelo prazer) estejam diretamente ligados às relações de causa e efeito. O mundo real e suas relações perderam (e perdem) a cada dia muito espaço para as chamadas relações virtuais. Até envolvimentos afetivos, que deveriam ser de ordem humanística e pessoal, hoje se dá pelas telas do Tinder, Facebook e Instagram. O homem passou a ser um mero coadjuvante de suas próprias descobertas, avanços e conquistas.
Por outro lado, frente à velocidade das informações, a busca desenfreada por resultados comerciais e um pano de fundo absolutamente selvagem: um capitalismo desmedido e irracional que move o mundo dos mercados por meio de técnicas (sinistras) pseudo-psicológicas da formação do "tal vencedor" e de critérios duvidosos de motivação (coaches e palestrantes da PNL, por exemplo) agressivas que, trocando em miúdos, gera uma faca de dois gumes - ou se é um sucesso ou se é um fracasso. Todavia, perante os Transtornos Mentais citados nesta dissertação, parece bem claro que para os bens sucedidos há de se incorrer e se inclinar para casos graves de Ansiedade e no caso dos infortunadamente fracassados, a triste inclinação para episódios de Depressão.
Ainda sobre jovens na beira da idade adulta, o excesso de cobrança não parte da sociedade como um todo, não em todos os casos. Muitas vezes as próprias famílias se encarregam em massacrar seus filhos e jovens com exigências escolares que transpassam o possível e o aceitável e levam a maioria dos jovens às raias da loucura, exigindo deles resultados astronômicos no ENEM e nos Vestibulares (Fuvest, Vunesp, PUC, Mackenzie...)
Exato! Os processos competitivos do mundo "dito" moderno e fomentado por teorias tecnocratas e liberais de meritocracia estão adoecendo - desde nossas crianças até nossos jovens adultos. Todos sofrem!
Os seres humanos, por sua vez, precisam se redescobrirem e talvez se reinventarem. Os apelos "Yuppies" e de abordagem "Workaholic" advindos dos balcões de negócios de Times Square, de fato, não funcionou.
Ninguém nasceu para trabalhar ou estudar 15 ou 20 horas por dia. Não somos máquinas movidas a óleo diesel. Precisamos de tempo para nossa transcendência pessoal, para nosso lazer, para produzir capital e renda, para buscar e aprimorar formações e aprendizados, para aproveitar e curtir momentos de AMPLITUDE com família e amigos e, inclusive, para dormir.
Gostaria de saber quem foi o estúpido pensador que, de forma soturna, pregou que TODOS temos de ser CAMPEÕES.
Eu já decidi. Minha vitória diária não é medida pelas minhas conquistas - principalmente materiais. É sim, mensurada pela minha capacidade de sorrir sem ter de vestir a máscara do palhaço. Ou seja: meu sucesso é a minha felicidade! E quanto aos meus alunos? Digo sempre a eles: USP, PUC, Mackenzie, SIM, bem legal! Mas se não der, ou tente de novo ou vá para uma boa faculdade privada e lá, faça a diferença. Pois, em vestibulares públicos ou rankings de vendedores agressivos, pode ter certeza: chegar entre os primeiros PODE ser uma boa, mas pode também atribuir a quem postula estes graus uma responsabilidade que dificilmente há de ser praticada sem que se sofra MUITO com isso e, ressaltando, aqueles que, infelizmente, dominam outras inteligências e não têm perfil para vestibulares ou equipes comerciais, acabam, muitas vezes, trancados num quarto, com rostos encharcados e punhos dilacerados!
Por mais vida e amor! Por menos cobrança!
Professor Rodrigo Augusto Fiedler do Prado - Português e Literaturas
Especialista em Alfabetização e Letramento
Aluno de Pós-graduação Especial e Inclusiva
Especialista em Alfabetização e Letramento
Aluno de Pós-graduação Especial e Inclusiva
São Paulo, 17 de outubro de 2019
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