"O Poder Superior"
(Ou a prática de uma crença que nos devolvesse à sanidade)
(Ou a prática de uma crença que nos devolvesse à sanidade)
Um dia, fora descoberta uma maneira de se encontrar consigo mesmo e, nesta prática, havia a necessidade de rendições, admissões - admissão de impotência e era sugerido que se parasse de lutar. Contra o mundo, contra os males, os vícios, as correntes, as escravidões e contra si mesmo. Nascera um tempo de paz, de serenidade. Um tempo de sobriedade, de resignação, de aceitação e, evidentemente, de FÉ!
Mas que fé? Fé em quê? Em quem?
Nós não acreditávamos em mais nada, o nosso Deus, assim como o de Nietzsche, em Ecce Homo, havia morrido. E quem teria sido o assassino de Deus senão o nosso próprio Ego? O egocentrismo patológico, o antropocentrismo doente, ligado a uma tendência Tânatos de prazeres destrutivos não nos dava espaço para que, além de nós, Reis infantilizados, birrentos e vaidosos, existisse mais nada. Por um momento, para alguns muito tempo, para outros uma eternidade, era impossível conceber uma relação, por mais tola que fosse, de Criador e criatura. Não éramos mais filhos de nada que não fosse a nossa Adicção. As drogas, o álcool, os jogos, o sexo, a promiscuidade, a mentira, os crimes, os comportamentos obsessivos e compulsivos, o Desejo, o narcisismo e o hedonismo, a busca desenfreada por prazeres fugazes e sempre, diuturnamente autodestrutivos, não nos permitia uma experiência espiritual. Mas nós nos recuperamos. Demos o Primeiro Passo, foi-nos falado sobre Serenidade, Aceitação, Coragem e Sabedoria. Associado a estes valores, meio que subjetivamente, voltamos, depois de perambularmos pelos diversos vales das sombras, a ouvir falar em Deus.
E, afinal, o que ou quem era este Deus?
Foi-nos sugerido que, o mais desnecessário de tudo, era um "nome" para este Deus. Havia premissas: que fosse bondoso, amantíssimo, cuidadoso e maior do que nós - que, de fato e na prática, diminuíssemos a nós mesmos para que Ele, totalmente abstido de religiões ou religiosidade, pudesse crescer. Esse era o paradigma: não éramos mais deuses, éramos então, humanos, demasiadamente humanos e, para que compreendêssemos esta verdade, tínhamos de vir a acreditar que um Poder Superior a nós mesmos, poderia devolver-nos à sanidade.
Não estaríamos mais sozinhos, muito menos desamparados. Nascera uma visão de esperança e, desta esperança, tudo que se podia entender é que, com a prática diária desta nova forma de crença, por mais diminuta que fosse, uma pequenina semente de Fé, voltasse a brotar em nossos eus tão frágeis. Nada mais estaria perdido. Repito, não estaríamos mais sozinhos e mais, haveríamos de ser amados, guiados e cuidados. Não éramos mais o topo do mundo e nem o centro do universo. Éramos pequenos e sobre nós, nascera uma força inexplicável, sem doutrinas, sem dogmas, sem rituais, sem templos, sem dízimos, sem pecados ou julgamentos, sem Livros Sagrados e sempre, sem nome.
Estávamos sendo apresentados a uma outra práxis transcendental: caía a ideia de religião e vinha à tona uma grande e libertadora ideia - a de Espiritualidade. Podíamos ter Deus, ou não, podíamos ter deuses, ou não... a única sugestão que não "devia" ser abolida era que, maior do que nós, havia algo potente, imortal e capaz, ressaltando, de nos devolver à sanidade.
Com Ele, abandonamos a loucura, matamos as manchas de nossos egos e, com isso, estávamos aptos para algo maior: decidir fazer entregas. Estávamos sendo convidados a entregar as nossas vidas e nossas vontades aos cuidados deste Deus sem nome, ou com muitos nomes. Tudo que notamos, sentimos e experimentamos é que, com esta vivência real em nossas vidas, agora novas, tudo havia ficado mais leve. As responsabilidades foram divididas: ficamos com nossa parte, o compromisso com a prática e, os resultados, não eram mais problemas nossos. Eram dele!
Nós não acreditávamos em mais nada, o nosso Deus, assim como o de Nietzsche, em Ecce Homo, havia morrido. E quem teria sido o assassino de Deus senão o nosso próprio Ego? O egocentrismo patológico, o antropocentrismo doente, ligado a uma tendência Tânatos de prazeres destrutivos não nos dava espaço para que, além de nós, Reis infantilizados, birrentos e vaidosos, existisse mais nada. Por um momento, para alguns muito tempo, para outros uma eternidade, era impossível conceber uma relação, por mais tola que fosse, de Criador e criatura. Não éramos mais filhos de nada que não fosse a nossa Adicção. As drogas, o álcool, os jogos, o sexo, a promiscuidade, a mentira, os crimes, os comportamentos obsessivos e compulsivos, o Desejo, o narcisismo e o hedonismo, a busca desenfreada por prazeres fugazes e sempre, diuturnamente autodestrutivos, não nos permitia uma experiência espiritual. Mas nós nos recuperamos. Demos o Primeiro Passo, foi-nos falado sobre Serenidade, Aceitação, Coragem e Sabedoria. Associado a estes valores, meio que subjetivamente, voltamos, depois de perambularmos pelos diversos vales das sombras, a ouvir falar em Deus.
E, afinal, o que ou quem era este Deus?
Foi-nos sugerido que, o mais desnecessário de tudo, era um "nome" para este Deus. Havia premissas: que fosse bondoso, amantíssimo, cuidadoso e maior do que nós - que, de fato e na prática, diminuíssemos a nós mesmos para que Ele, totalmente abstido de religiões ou religiosidade, pudesse crescer. Esse era o paradigma: não éramos mais deuses, éramos então, humanos, demasiadamente humanos e, para que compreendêssemos esta verdade, tínhamos de vir a acreditar que um Poder Superior a nós mesmos, poderia devolver-nos à sanidade.
Não estaríamos mais sozinhos, muito menos desamparados. Nascera uma visão de esperança e, desta esperança, tudo que se podia entender é que, com a prática diária desta nova forma de crença, por mais diminuta que fosse, uma pequenina semente de Fé, voltasse a brotar em nossos eus tão frágeis. Nada mais estaria perdido. Repito, não estaríamos mais sozinhos e mais, haveríamos de ser amados, guiados e cuidados. Não éramos mais o topo do mundo e nem o centro do universo. Éramos pequenos e sobre nós, nascera uma força inexplicável, sem doutrinas, sem dogmas, sem rituais, sem templos, sem dízimos, sem pecados ou julgamentos, sem Livros Sagrados e sempre, sem nome.
Estávamos sendo apresentados a uma outra práxis transcendental: caía a ideia de religião e vinha à tona uma grande e libertadora ideia - a de Espiritualidade. Podíamos ter Deus, ou não, podíamos ter deuses, ou não... a única sugestão que não "devia" ser abolida era que, maior do que nós, havia algo potente, imortal e capaz, ressaltando, de nos devolver à sanidade.
Com Ele, abandonamos a loucura, matamos as manchas de nossos egos e, com isso, estávamos aptos para algo maior: decidir fazer entregas. Estávamos sendo convidados a entregar as nossas vidas e nossas vontades aos cuidados deste Deus sem nome, ou com muitos nomes. Tudo que notamos, sentimos e experimentamos é que, com esta vivência real em nossas vidas, agora novas, tudo havia ficado mais leve. As responsabilidades foram divididas: ficamos com nossa parte, o compromisso com a prática e, os resultados, não eram mais problemas nossos. Eram dele!
Este é o Poder Superior que nasceu em nós, de dentro para fora, que veio definitivamente para nos acolher, nos transformar, tomar nossos defeitos de caráter e, com o tempo, fazer de nós, instrumentos de sua subjetiva existência.
Só por hoje!
Nenhum comentário:
Postar um comentário