quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

"Razão"

"Razão"
Perdê-la me parece fácil
Tão consistente que chega a ser tátil
Escorre por entre dedos mal amarrados
Evapora de cérebros atrasados
Faz-se nula nos que preferem ficar calados...
E assim foge-se a razão, à contramão
O poder de questionar
De aprender e noutros tempos ensinar
É necessária a razão até para amar
Pois, diferente do que se pensa e crê
A razão não é o contrário de emoção como disseram para você
São coisas distintas, embora complementares
Nascidas na alma e na mente ainda nos lares
Não se aprende na escola
Nem no grito de gol, dum jogo de bola
Razão é o patrimônio
Emoções são os hormônios
E as emoções não se perdem, transmutam
Já a razão, ora diminuta
Varia de acordo com a luta
Imposta por si a consigo mesmo
Não é uma qualidade perdida ao esmo...
Faz-se necessário:
Mil tipos de movimento contrário
Para que, por exemplo, entre o sim e o não
Com o poder de decidir ou acatar sugestão
Eu me faça pensante
Abstenha-me da PAIXÃO e dela fiquemos, todos nós, bem distantes
Para poder, imparcialmente,
Agir, o Homo Sapiens que é gente
Dotados de muita (e pura) razão!
Rodrigo Augusto Fiedler

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