Afinal, o que é a vitória?
Vitória e conquistas, por um breve momento, parecem ser quase a mesma coisa - mas não são.
Vitória é o meio e não o fim, enquanto as conquistas, estas sim, são o resultado, a consequência.
Com a vitória, relacionam-se valores positivos: janelas abertas, despertadores incisivos, banhos bem tomados, barbas feitas, intelecto alinhado, concentração, foco e um olhar peculiar para a meta e o alvo.
Já com a conquista, os valores, por mais simbióticos que sejam, relacionam-se com a capacidade de disparar as flechas certas contra o alvo a ser atingido. Um homem que não seja vitorioso na sua real essência, não tem arcos, nem flechas, nem alvos e nem metas.
Acredito que o ideal, o quase perfeito, é quando um humano, demasiadamente humano, recobra de si o perfil de um vitorioso, vai ao ferreiro, forja no aço sua espada, suas flechas e dá um "passo a mais": sai por detrás das fronteiras, abandona as casamatas e se põe frente a frente com o fronte. Ali, mesmo sem atingir - ainda - a conquista, ele já é vencedor, pois enquanto ele supera o medo do desconhecido, outros milhares de guerreiros continuam entorpecidos, esperando a corneta tocar...
E, às vezes, ela toca tarde e o inimigo (quiçá o adversário) já, agindo no antes, o toma como prisioneiro. Daí, meus amigos, nem vitória e nem conquista. O que sobram são sonhos e ideais, envelhecidos num papel embebido em lágrimas que não serve nem para secar o rosto!
Rodrigo Augusto Fiedler do Prado
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