Rodrigo Augusto Fiedler
"Aerosmith" - considerados pelos bad boys de Boston como a maior banda de Rock Americana.
(Artigo escrito para a Coluna Periódica Uma viagem musical de A a Z do Portal Busca da Verdade, por Rodrigo Augusto Fiedler - http://gbuscadaverdade.org)
O Aerosmith já nasceu vigoroso. Imprimia em seu DNA, único, influências claras do Led Zeppelin. O vocal rouco e agudo de Tyler e a vigorosa guitarra de Perry nos levam a esta comparação. E cabe dizer que é uma comparação saudável, não vejo no Aerosmith nenhum traço de imitação ou plágio.
Os anos 70 foram anos pesados. Muito hard rock de boa qualidade. Walk This Way, o "cover" de Come Together (dos Beatles) e, por fim uma das músicas mais densas e bonitas do repertório Rocker: Dream On. Tyler, além de vocalista, é multinstrumentista, toca violões de 6 e 12 cordas, teclados de 4 ou 5 oitavas e piano. Inclusive, a formação do Band Leader era e é uma formação clássica.
Problemas sérios com drogas e álcool, disfunções sociais, rompimentos internos na banda, entre outras tristezas, manteve o Aerosmith em "Stand By" por 12 anos.
De 77 a 89, poucos shows, algumas coletâneas, alguns especiais para a TV e só.
Mas como no Rock tudo se reinventa, muitas propostas renascem, em 1989 o Aerosmith veio à tona com o BRILHANTE trabalho Pump. What it Takes, Jane's got a gun, Love in Elevator fizeram um sucesso astronômico e, curiosamente, o Aerosmith não resgatou seus fãs dos anos 70. Criou-se uma safra nova de fãs que vinham embalados nas pegadas do Rock deixadas por Gun's and Roses, Skid Row, The Cult e toda galera de Seattle.
Na virada dos anos 80 para 90, vieram os ótimos Pandora's Box, Get a Grip e uma coletânea de respeito: The Big Ones.
É interessante salientar que tanto Joe Perry, quanto Steven Tyler passaram, nos anos de ostracismo, por diversas clínicas de reabilitação (para os vícios em álcool e drogas).
Numa destas internações, a dupla compôs AMAZING, um belíssimo tema para homenagear os Programas de Doze Passos egressos do AA e do NA.
Enfim, vieram trilhas sonoras, retomaram o sucesso, estão tocando bem e, é verdade, diferente dos outros vocalistas redivivos (Gillan, Coverdale, Jon Bon Jovi, Axl Rose...) o Tyler está cantando bem... não alcança mais os agudos de outrora, mas manda bem.
Em 2011 entraram para o Rock'n Roll Hall of Fame pelas portas da frente - merecidíssimo e em 2015 ingressaram num ranking feito pelos leitores da Revista Rolling Stone como uma das 50 melhores bandas de todos os tempos.
Encerrando, eu confesso: não gostava deles até que minha caríssima amiga Andrea me contou um pouco da trajetória e eu, além de vir a abrir a mente, passei a gostar. Li e reli a letra de AMAZING e de DREAM ON e vi em Tyler um cara comprometido com uma nova maneira de viver!
Fantásticos!
Nota 10...
Nota 10...
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