sexta-feira, 10 de maio de 2019

"Versos Proibidos"

Versos proibidos
Sinto em meu peito sentimentos que em muito mexe com meus sentidos
Envolvem minha carne, meu sexo, minha libido
Sinto, ao mesmo passo, que estou coibido
De dizer claramente os meus sentires
Os meus devaneios, meus prazeres
Tenho medo de resvalar na censura
De uma pessoa - leitora - que se sinta pura
E que veja maldade em meus versos...
Quero falar de corpos ardentes que se encontram
Que dialogam pelo suor
Nada poderia ser melhor
Lençóis manchados e molhados
Gozos fartos inundados
Sonhos de prazer feitos realidade
Êxtase da minha sexualidade
E poder cansado
Adormecer com palavras sussurradas em meu ouvido
E eu ouço calado
Apenas com um sorriso maroto no rosto
Este é o gosto
Mas as palavras que narram estes acontecimentos
Mesmo que por um momento
São castradas por uma série de tabus e mitos...
E tudo que eu queria era gozar com um grito
Que silencia o gemido
Que o mundo inteiro poderia ouvir
Praticar e sentir
...
Lençóis molhados falam mais que mil palavras
Na verdade, nem dos versos eu preciso...
A poesia já está intrínseca ao fato
Ao sexo descompassado - o ato!
Poesia corporal!

Rodrigo Augusto Fiedler

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