sexta-feira, 24 de maio de 2019

"O Belo está morto"

"O Belo está Morto"
Desde pequeno eu tinha cadernos recheados de versos tolos
Versos que retratavam cenas da minha infância
Que foram perdendo a relevância
Sua seiva, sua importância
E que nem sequer existem mais...
Irrelevantes, simplórios
Desimportantes, para o hoje até impróprios
Os versos de ontem não ficaram para sempre
Era poesia vista pelos olhos de uma criança
Que sempre, em todos os casos, enxerga esperança
Mesmo em meio ao que se torna caótico
Neurótico
Acelerado, ansioso e psicótico
...
Os olhos das crianças enxergam o Belo
E eu arrisco parafrasear Nietzsche quando diz que Deus está morto...
O Belo também está!
Rodrigo Augusto Fiedler

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