sábado, 20 de abril de 2019

Crônicas sobre o Rock - Capítulo 1

Nos idos de 1986, eu com 12 anos, já frequentava o Centro Velho de SP e ora já ia na Galeria do Rock. Eu tinha 3 discos: o Abbey Road, dos Beatles, que ganhei da minha avó no extinto Eldorado, o The Wall e o Led 4 que tinha comprado seminovos na Rock'n Rollos (também extinta) da Galeria do Rock.

Pois naquele dia fomos conhecer a tal da Baratos Afins e ficamos encantados. Eu e meu primo Fábio Cunha. Eram tantos discos, importados e raridades que ficamos perdidos. O "Falasca", dono da loja e Produtor Musical nos viu ali, ainda crianças e veio nos atender com cara de poucos amigos...

Já foi logo perguntando:

O que vocês, tão jovens, fazem aqui?

Viemos comprar, cada um, dois discos de rock seminovos! Respondemos em coro.
Daí desenrolou um diálogo bacana (que dura até hoje) e o Falasca indicou uns 10 ou 15 discos pra gente escolher.

Quando vi a capa do Dark Side não tive dúvidas e já pus debaixo do braço. Meu primo disse que era Rock Progressivo e que aquilo ia me cansar. Nem dei ouvidos. Falasca disse que era uma grande escolha e que o Dark Side era um dos três melhores discos de Rock de todos os tempos. Como era novo e remasterizado, deu pra comprar um só. O Fábio levou dois: um Live in London do Deep Purple e um disco do Whitesnake chamado Ready in Willing, bons discos...

Antes de sair da loja, o Falasca me chamou de canto (1986) e disse: Garotão! Este disco não é pra ouvir fracionado. Precisa ouvir inteiro, ouça o lado A e imediatamente ponha o B, daí você vai conseguir entender a mensagem e o conceito que o disco passa. Tudo certo?
E assim eu fiz no meu antigo 3 x 1 da CCE. Ouvi o lado A, virei pro B e nunca mais parei de ouvir.
Hoje trago este disco na minha pele. Faz parte de mim e eu, pedante, acho que faço parte do disco.

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