quinta-feira, 5 de setembro de 2019

"O Tempo"

"O Tempo"
Não sei se sou, depois de velho, uma sépia apagada de um menino triste...
Não sei se, depois de velho, a felicidade existe
Sei que existem, em fotos coloridas, 
Registros de muitos momentos
E, não só velho, mas experiente,
Não dou espaço a ressentimentos
Não tenho o hábito mórbido de olhar para trás
Olho, sim, no meu presente retrovisor
Que me motiva a dar valor
Às peripécias do Tempo
...
Pode ser que ajoelhado num templo
Eu insista em pedir perdão
Mas ao sentir que muitos me estendem as mãos
Percebo que a fé no agora
Não difere quem ora
Talvez em pé, quem sabe a toda hora
São obras do acaso?
Nossa! Se eu pensasse assim seria tão raso, que seria tão tolo
Quanto um aniversário sem bolo
E sem velhinhas para apagar...
...
Aniversários que celebram o tempo e suas peculiaridades
A festa do caminhar pela existência abandonando vaidades
O tempo impiedoso que só mostra verdades!
Mas em qual abordagem devo crer?
Penso que naquela que me faz compreender
Que para ser
Humano, cicrano ou beltrano
Preciso, sem olhar para trás
Adquirir caráter e personalidade
Viver do tempo uma fração diminuta
Com coragem, aceitação e luta
O singelo período chamado dia
Que independente daquilo que se projetava ou queria
Dura apenas 24 horas!
Rodrigo Augusto Fiedler

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