quinta-feira, 5 de setembro de 2019

"Metade" (versos incidentais de Oswaldo Montenegro)

"Metade"
Metade de mim é presente
Metade de mim é saudade
Houveram muitas mentiras
Mas se sobressaíram as verdades
Metade de mim é um ser puro
Metade de mim é o futuro
É verdade, ainda há medo
Mas eu insisto, não cedo
Metade de mim é e está preso às dúvidas
Metade de mim é plena certeza
Sei reconhecer falácias estúpidas
Sei quando a vida mostra clareza
Metade de mim é história
Metade de mim é Vitória
E olha que andei pelo vale das sombras
Pisei campos minados, cheios de bombas
Metade de mim, por pouco, não se deu por vencida
Metade de mim deve, sim, ser esquecida
Pois o que me faz hoje não ser mais apenas frações do inteiro
Caminha no relógio com a escalada dos ponteiros...
Sou pleno!
Tentando ser sereno!
Objetivos tangíveis e amenos
Afinal para ser mais tem de ser menos...
E bem pequeno
É que me entendo um ser inteiro!
Rodrigo Augusto Fiedler

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