quinta-feira, 5 de setembro de 2019

"Cazuza, nem tão down assim"

"Cazuza, nem tão down assim"
Eu tinha 14 e já queria ser ele...
As bandanas, alfinetes e o All Star amarelo
Faziam, da corrente, o elo
Entre mim e a minha vontade de amar
De gritar
Sem limites
Uma parede infestada de grafites
Arte de rua
Poesia nua, Cazuza!
E aos vinte eu já era um pouco Caju
Peregrinei meus versos desconvexos do norte ao sul
Fui extremamente exagerado
Me tornei viciado
Amei demais e fui amado...
Tudo isso por uma fruta mordida:
Persegui sim o tal do sabor
Senti muita dor, história alegre
Tornou-se sofrida...
Mas, enfim, vivo hoje como as borboletas de Cazuza...
Que, impreterivelmente, mesmo em meio a tanta gente,
Vivem só 24 horas!
Rodrigo Augusto Fiedler

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