domingo, 13 de outubro de 2019

Um não à Tábula Rasa!

"Um "não" à Tábula Rasa"
Quando o poeta diz que prefere ficar com a "inocência da resposta" das crianças
Talvez ele não tenha se atentado
Que a inocência
Diferente da ciência que é da busca, um resultado
Pode ser (e estar) muito além da nossa compreensão
Não carece, exatamente, de indução
Há o que se chama instinto
Coisas que desde o berço eu sinto
Uma vontade louca de dizer, por meio e lágrimas, gestos e sorrisos
Que há, sim, um pensamento
Variando, freneticamente, a todo momento
Pois, Sapiens, somos desde o nascimento
E talvez só nos falte a formação
A busca por um esteio, a condução
Por caminhos tortuosos e difíceis que nos ampare em informação
E que se torne prático, com o poder da criação...
A "inocente resposta das crianças"
É, de verdade, um chamado à esperança
Talvez a abertura de novas brechas
Tão rápidas quanto o arco que impulsiona flechas
E que nos faz, adultos, reféns absolutos da dúvida
Se a razão dos pequeninos é cálida
Ou se talvez, sejam elas sólidas...
...
Crianças ensinam, muitas vezes, adultos extremamente gananciosos e prepotentes
A ser, no complexo dia a dia, um tanto quanto mais exigentes
Solidários, colaborativos e, numa outra esfera, resilientes
...
Enquanto a fase adulta nos inclina a dar ordens e mandar
Crianças, ditas pelo poeta, inocentes em sua verdade
Nos ensinam, simplesmente, a amar!
Rodrigo Augusto Fiedler

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