"Eu sou!"
Sou um compêndio de tudo que li, das músicas que ouvi, dos filmes que arrancaram-me lágrimas, das inúmeras sinfonias que me fizeram aplaudir, das peças que me fizeram pensar...
Sou um trecho da estrada que me levou à libertação intelectual, sou filho do Deus que escolhi e nomeei para ser só meu, sou irmão dos irmãos que não nasceram de ventre amigo, e, creio eu, sou um ponto de convergência no Universo: um ser único que arrisco voos cósmicos sem as asas de Ícaro...
Sou a lágrima do torcedor branco e preto que verte tanto na vitória, quanto na derrota; sou o giz que rasga a lousa vomitando um milhão de palavras, outrora desconexas que hoje, com esforço, passaram a fazer sentido...
Do cadeado sou as chaves
Das algemas sou o punho
Dos gritos sou o silêncio
Das algemas sou o punho
Dos gritos sou o silêncio
E não tenho medo de suas pedras
Nem tampouco de seus julgamentos...
Nem tampouco de seus julgamentos...
Não tenho medo do câncer, do sono ou da morte, pois da morte, sou ressurreição!
Da semana sou segunda e posso ser sábado, do calendário, a data festiva, das mãos:
Sou os anéis!
Sou um em um milhão e também sou um milhão e mim mesmo, pois estou quase certo, que quando digo meu potente argumento do não, supero o espectro da morte e confirmo:
Sou ressurreição!
Rodrigo Augusto Fiedler
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