sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Metallica

"É difícil falar de Metallica"
É, de fato difícil, escrever sobre aquilo que nós, na qualidade de articulistas, não gostamos. Mas aí nosso editorial seria parcial e injusto. Falei - e bem - do Capital Inicial, do Lobão e hoje vou fazê-lo com o Metallica, banda que, em outro momento, receberia minha acusação de "mercenária e traidora", mas hoje não mais a vejo assim. Realmente o rock se reinventa e o Metallica foi o responsável, talvez, em ter dado fôlego para mais, pelo menos, 50 anos do bom e velho rock.
Eu nunca fui muito fã de Trash Metal, com excessões feitas ao Metallica, ao Anthrax e ao Slayer. Alguma coisa do recém-formado Megadeth.
Do Metallica tinha todos os discos, na ordem: Kill'n All, Ride The Lightining, Master of Puppets e And Justice for all... ouvia sempre que podia, o Reign Blood do Slayer foi, aos poucos, se tornando uma referência. O Rust in Piece da turminha do Mustaine recém-saído do próprio Metallica era quase insuperável.
Enfim, a seara do Trash Metal estava muito bem representada. Gostaria de deixar claro que, diferente da maioria, Ride the Lightining, segundo álbum do Metallica, na minha opinião é o melhor álbum de Trash Metal da história: é, exatamente, onde tudo começou. O Slayer e o Reign Blood jamais teriam existido sem sentar na cadeira elétrica sinistra de Lars, (Mustaine), James, Cliff e Kirk.
Curiosidade: embora meu lado Metallica seja um lado menor, nas costas da minha primeira de couro foi a capa do RTL (de 86 - no Brasil, eu tinha 12 anos).
Partindo para as observações:
1. Bom, eu não sou bobo para não gostar do Trujillo, mas vejo ele melhor no Infectious Grooves (grande projeto) do que no Metallica.
2. Eu, às vezes sou purista e Álbuns como o Black (1991) a princípio, me fizeram muito mal. Nesta colcha de retalhos coloco o (para mim) péssimo, No More Tears do Ozzy... mas vim, ao longo do tempo perceber que flertar com propostas menos agressivas, temas ora românticos, ora reflexivos, muito mais ia ampliar o universo do Metal como um todo... acabaria a segregação e Nothing Else Matters hoje é tocada por violinos e quartetos de cordas, inclusive em batizados e casamentos.
Por um momento achei que tudo fo mundo do metal deveria ser negro e soturno...
Bruce Dickinson gravou All Young Dudes do Bowie e, desra forma, passo a passo, o metal vêm sofrendo suas alterações. Interessante como o Metallica se coloca na mesma ponta de uma mesma corda. Em 1985 criou o Teash com todo seu barulho de guitarras retorcidas e em 1991 nos presenteia com um dos dedilhados MAIS bonitos e OBRIGATÓRIOS que um aspirante a guitarrista deve saber: o início suntuoso de Nothing Else Matters.
Rodrigo Augusto Fiedler para o Portal: https://gbuscadaverdade.org e para o Blog: http://psicoversos01.blogspot.com

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