sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Golpe de Estado

Não sei exatamente o porquê, mas tenho um imenso prazer em dividir com "alguns" leitores a minha saga junto a algumas bandas que têm ou tiveram importância em minha vida.
Hoje vou falar de uma banda que é desconhecida ou ao menos não lembrada pela maioria do público: O Golpe de Estado..
Idealizado pelo excelente (um dos melhores) guitarrista do eixo São Paulo x ABC, Hélcio Aguirra e pelo virtuoso baterista Paulo Zinner (Tutti-Fruttis, Rita Lee e Whitesnake...) a banda surgiu com a expectativa, semelhante aos esforços de Wander Taffo de se trazer o Heavy Metal ao Brasil, porém cantando em PORTUGUÊS.
A ideia era boa, pois em exatos 1985 para 1986, o Brasil passava pela sua explosão "rocker".Com isso os caras foram recrutando, montaram uma boa banda e encontraram a Baratos Afins sedenta de artistas que pudessem fortalecer o casting do pequeno selo paulistano.
Em 1986 foi gravado o primeiro disco, homônimo: Golpe de Estado e dele conseguiram uma tiragem (5000 cópias ) muito acima da média da Baratos que era de 1500 discos, A 97 Rock do ABC, emissora do lendário Vitão Bonesso tocava as músicas dos caras e a Pool Fm, mais tarde, (89, A Rádio Rock tovaba o Hit "Noite de Balada" ("...hoje é noite de balada, sorrisos na madrugada, feliz louca e embriagada,,,"). Foi um sucesso de crítica, mídia e público... Os caras era queridos nos Perdidos na Noite do então "ainda engraçado" Fausto Silva, na emissora dos Saad.
Agora que eu contei um pouquinho da história dos inesquecíveis Golpe de Estado, vou contar como os conheci...
O ano era 1991 e eu tinha 17 anos, mas já tinha porte e tamanho de homem. No Colégio onde estudava, tinha uma galera do metal e me lembro que com sobretudos pretos, meiões altos e coturnos, eu só com meu velho jaco de couro e All Star, fomos juntos de trem até a estação Prefeito Saladino, donde pegamos um ônibus que ia até as imediações do Aramaçã, Clube onde aconteceria o show... O Segurança não embaçou na minha e eu entrei de boa.
No evento, além de arrumar uma namoradinha (que morava longe pacas - pra lá da Vila Luzita - risos), eu me desvencilhei dos metaleiros lá do colégio e consegui, na sessão de fotos e autógrados ganhar o couro da RMV da bateria do Zinner...
Sempre na glória absoluta.
Fiquei alguns anos sem seguir os caras até que em meados de 2008 ou 2009 vi o Catalau, ex-vocalista do Golpe numa cena lamentável nos trens da CPTM. Ele tocava velhos hits de rock num violão de terceira para juntar uns trocados, Dei a ele umas moedas e pedi, tanto para fazer fotos, quanto para dar um abraço. Naquele vagão tinham umas 300 pessoas - fácil! Só eu reconheci o Catalau!
Se não entrou para memória de muitos, entrou para a história da minha vida e dos meus causos.
Artigo produzido para o Portal GBV - http://gbuscadaverdade.org e para o blog http://psicoversos01.blogspot,com

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